Pesquisa

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Meio Ambiente e o Homem


O ser humano está no topo da cadeia alimentar, do ecossistema da Terra. E com o único intuito de auferir vantagens individuais ou coletivas, em se tratando do “grupo” a que faz parte. Promove indiscriminadamente a poluição do Planeta em que habita. Agindo de maneira inconsequente e irresponsável, ao ponto de por em risco severamente a sua existência e a de seus predecessores.
A Terra é um planeta que possuí aproximadamente 4,6 a 5 bilhões de anos, segundo estudos. Atravessou por várias eras geológicas bem como glaciações, que puseram a prova o seu diversificado ecossistema, bem como a sua inesgotável capacidade dar prosseguimento a “vida”, nas suas distintas formas de existência. A nossa espécie o homo sapiens e seus antecessores, habitam este planeta há um período extremamente curto se compararmos ao tempo total de vida da Terra. Sendo que maior parte da nossa existência ficamos condicionados a viver como primatas, abrigando-se em cavernas e se alimentando do que a natureza nos oferecia, vivendo de forma nômade. Portanto o impacto ambiental causado por nossos ancestrais “o homem das cavernas”, era praticamente nulo para o ecossistema terrestre como um todo. E desta forma vivemos boa parte da trajetória da nossa espécie. Entretanto a exponencial evolução humana iniciada há aproximadamente 50 mil anos atrás, trouxe benefícios inimagináveis para nós atualmente, mas consequências avassaladoras para o nosso planeta ao longo do transcorrer deste período. O processo de sedentarização de nossa espécie deu-se aproximadamente entre 30 e 20 mil anos atrás, foi lento e gradativo. Apoiado em três pilares mestres que foram fundamentais e convergiram unicamente para este acontecimento. O final da última era glacial, culminando com o desgelo do hemisfério norte, o gelo ficando restrito as calotas polares e facilitando a fixação humana nessas regiões de maneira mais concisa. A organização humana em sociedades cada vez mais complexas (clãs, grupos, etc). E o desenvolvimento da agricultura que caracterizou de certa forma a independência parcial do homem em relação à natureza e possibilitou produzir o seu próprio alimento.  O próximo passo foi à urbanização, a criação dos primeiros núcleos habitacionais fixos inicialmente foram em locais extremamente férteis e preferencialmente as margens dos rios que tinham cheias regulares e ao retornarem aos seus leitos deixavam detritos (húmus) nas áreas outrora alagadas, que eram de vital importância para a fertilização do solo destinado ao plantio. Atualmente esta áreas encontram-se em total degradação, devido a agricultura totalmente extrativista que foi desenvolvida indiscriminadamente durante séculos, nestes locais. Como exemplos, podemos destacar regiões costeiras do Rio Nilo no Egito e dos Rios Tigres e Eufrates, no atual Iraque.
Trazendo estes aspectos para a atualidade podemos deduzir que não houve nenhum avanço significativo na conscientização da humanidade no sentido da preservação da natureza e o desenvolvimento de meios de produção que tenham o impacto ambiental reduzido. Uma vez que a matriz energética de muitos países continua sendo energias altamente poluentes e não renováveis como o petróleo por exemplo. A poluição desenfreada chega a números alarmantes, ás áreas degradadas aumentam a cada dia, e se mantivermos o mesmo comportamento errôneo dos nossos ancestrais que formarem os primeiros núcleos habitacionais que acreditavam ter o nosso planeta recursos naturais inesgotáveis, corremos sérios riscos de não termos futuro para a nossa espécie.
Entretanto não se deve condenar severamente os nossos ancestrais pelo panorama que nos encontramos atualmente, pois não dispunham do conhecimento que foi acumulado de geração para geração que possuímos hoje. E nem mesmo de instrumentos precisos de pesquisa que permitem apontar com segurança os dados da poluição no planeta, bem como tecnologias e conhecimento para desenvolver e aproveitar fontes de energias renováveis e não poluentes. O que realmente falta é a capacidade limitada do ser humano aprender com seus próprios erros, pois somente isso o elevará perante as demais espécies e o fará realmente um ser inteligente na amplitude do significado desta palavra proferida incessantemente por todos nós, todos os dias. (Daniel Marin).