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domingo, 14 de abril de 2013

Na primeira curva

Na primeira curva some da vista,
Nem o ínfimo rastro é notado,
No pó ardil e pegajoso do estrado,
Onde passou sutil, na conquista.

O seu cheiro impregna o ar envolta,
Odores de saudade e paixão exalados,
Avistam novos horizontes moldados,
Dominando o inócuo ambiente de revolta.

O vento infeliz, sem trégua alguma,
Dissipa pouco a pouco toda a bruma,
E faz-me navegar seguro na escuna.

Vencendo a abrupta curva a frente,
Desvendando pouco a pouco a gente,
E saciando-me neste manancial emergente.
(Daniel Marin)