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quinta-feira, 30 de maio de 2013

O que fazer com o coração






O que fazer com o coração,
Quando ele cisma em gostar,
Não há meio de estancar,
O sentimento que aflora.

Travo uma cruel luta interior,
Na  ânsia de vencer a  batalha,
E controlar o desejo que se espalha,
Pelo meu corpo todo em êxtase.

O pensamento vaga bem longe,
Para outras paisagens viris,
E se prende a detalhes sutis,
No intuito de esquecer você.

Mas o sentimento recorrente,
Insiste em voltar sem demora,
Como uma saudosa aurora,
E cativar este espírito apaixonado.
(Daniel Marin)

 



 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sonhar com dias melhores

Já é hora de sonhar com dias melhores
Onde não haja violência e nem opressão
E as pessoas amem umas as outras
Respeitando suas indiferenças sem obsessão

Desejar um mundo mais compreensivo
Sem a hipocrisia que atualmente existe
Banindo-a para sempre desta terra
Para a paz reinar entre os semelhantes

Quero que haja um mundo mais humilde
Sem e o egocentrismo desta sociedade
Que coroe o coração das pessoas
Limitando todo conhecimento e a capacidade

Um mundo sem agressão ao próximo
Imperando, sobretudo o perdão e a paz
Abrindo as mentes das pessoas
Para fazer morada a plena sabedoria


Jamais pensei em te encontrar
















Jamais pensei em encontrar alguém com a magia do seu sorriso.
Agora mais do que nunca pareço estar completamente alucinado.
Cada por de sol, é como se uma brasa queimasse no meu peito
Quando a noite vem imagino onde estará você
Uma, duas, três, incontáveis vezes fico pensando
Em meus olhos encontrarem os seus
Lá no fundo do meu ser, sinto o prazer de estar contigo
Imaginando a sua beleza sedutora
No meu pensamento povoado pela poesia
E enfim olhar para o horizonte e ver seu rosto estampado nas nuvens.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Difícil despedida





É sempre difícil o dia da despedida,
Independente da situação vivida,
Aquele nó indigesto que fica no peito,
Difícil de digerir e parece que não tem jeito.

Um olhar com o gosto de ser o fim,
Fica gravado na retina até o triste confim,
Observando vagamente o leve aceno,
No horizonte lá no fundo bem pequeno.

Desconhecem-se muitas vezes os motivos,
Sem precedentes que o justifiquem,
Nem ações imprudentes que qualifiquem.

Mas é chegada a hora da despedida,
Nada simplesmente nada impede,
O momento é chegado e nada o sucede.
"Daniel Marin"

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cada pedaço de papel

Em cada pedaço de papel,
Escrevo parte de minha existência,
Preocupo-me em deixar algo bom,
A minha verdadeira essência.

Em não me ater a subterfúgios,
Frutos de reflexões banais,
Que cerceiam a mente vulgarmente,
Na teimosia de buscar refúgios.

Quando sofro quando choro,
É no silêncio do ser absoluto,
Que enxugo o pranto aflito,
Na solidão do coração de luto.

A melodia inspiradora,
De uma boa música, alegra,
Traz vida para a alma,
Tranquilizando o interior.

Contemplar a natureza,
Vivenciando o seu espetáculo,
Que diariamente brinda-nos,
Com a sua renovadora beleza.

Torna-se uma parte vital,
Desta via passageira e fugas,
Que se constitui a nossa vida,
Pavimentada de momentos.

Momentos estes que jazem,
Na retina da memória,
E sempre nos trazem,
Saudosas e nostálgicas recordações.

E no deleite saboroso da poesia,
Procuro manifestar-me,
Sem pretensão alguma,
De transcrever esta doce alegria.

domingo, 19 de maio de 2013

Alguns escritos sobre Ciência.



A ciência praticamente dita o nosso ritmo diário, as suas elucubrações e preceitos são agentes balizadores da sociedade global contemporânea. Os resultados das suas pujantes descobertas são sentidos na rotina diária das pessoas, portanto também se credita a ciência, o fato da significativa melhora das condições de vida do homem na atualidade; caso traçarmos um paralelo entre o agora e tempos passados. Entretanto a mesma ciência que melhora a vida das pessoas com os seus avanços nem sempre convergentes, subjuga e oprime o ser humano, quando não é usada para fins benéficos, e sim como uma ferramenta de dominação e dogmatização, direcionada para um propósito escuso. Com a ânsia, a objetividade e a coragem de tentar em poucas e singelas palavras, conceituar de uma forma geral “o que é ciência”, discorrendo um pouco sobre as suas superficiais especificidades, prosseguiremos estes escritos.
Ciência é um conceito que pertence à modernidade, o seu embasamento e pilares solidificadores fundamentais pertencem a um período relativamente recente, isso remonta a meados do século XVII. Porém não devemos sob-hipótese alguma, ficarmos cerceados apenas na modernidade para objetarmos e dissertarmos sobre ciência. É preciso percorrer as tortuosas e acidentadas estradas do pensamento humano, da civilização na sua gênese, em tempos remotos e imemoráveis que não se podem mensurar em datas específicas, e muito menos corroborar com provas concretas, da qual a ciência também se apoia.  Durante longos séculos, a experimentação andou separada da teorização, uma não se juntava com a outra. Existia uma barreira intransponível entre ambas, devido à religiosidade, a concepção de mundo e doutrinas filosóficas que havia nas civilizações da época, e brecaram os seus desdobramentos futuros, ressoando até meados do século XVII.
A ciência é primeiramente um empreendimento exclusivamente humano, feita por mentes questionadoras que não aceitam respostas fúteis e supérfluas para questões que envolvem o cosmo, a natureza e os fenômenos indecifráveis e desafiadores que cerceiam nosso pensamento. O fruto puro do exercício e do desenvolvimento da razão que proporcionou um questionamento aprofundado, do objeto amalgamador da ciência; a aproximação da verdade, no que concerne a um fenômeno natural. A ciência não é constituída da verdade absoluta, ela justamente “avança” e “retrocede”, tangencialmente via a falseabilidade das suas próprias teorias, sendo um instrumento que já na sua essência carrega a refutação de suas próprias afirmações. Uma teoria científica é válida até que se apresentem provas concretas, e baseadas na pesquisa e na experimentação que comprovem a sua falseabilidade. Portanto na ciência a verdade é filha da experimentação e não da autoridade. A necessidade da uma explicação natural e lógica, mensurável e possível, sem recorrer ao extraordinário, foi indubitavelmente um fator preponderante para a gestação da ciência nas sociedades e como é hoje. A ciência pode ser direcionada para um fim, que não necessariamente represente e se converta em benefícios para a humanidade, ocorrendo isto quando é inclinada para interesses de dominação, opressão e poder.  (Daniel Marin).

Retratos de Nossa Existência

Nas tardes vazias somente o sol e a chuva,
Lá fora além do retângulo da janela.
São caladas testemunhas estas sutis palavras,
Que se oportunas, são como luva.
Nesta exposição sem meias delongas.

O vazio nos consome lentamente,
Sem a mínima pressa possível,
E dilacera sem dó e nem piedade,
O sentimento que se tem.

O vem e vai das pessoas,
A rotina diária que se segue a cada segundo,
Como se ignorassem na totalidade,
Os sentimentos individuais aprisionados.

Somos embrutecidos pelo hábito,
Sorvidos numa atmosfera inumana,
De pensamentos cerceados pelo ego,
Que inflige dolorosas e ignoradas sensações.

É difícil ser sentimental neste mundo,
Saber ouvir e ter paciência,
Exercer a calma e a clemência.
Colocar-se no lugar do próximo, a empatia,
Compreender, aceitar,
Ser húmil.

Tirar instantes do precioso tempo,
Para simplesmente observar os pássaros,
A planura dos seus voos nos céus.
Sentir o frescor da manhã.
Degustar a doçura das maçãs.
E se regozijar com os detalhes ínfimos,
Que este mundo propõe,
E que no fundo fazem toda a diferença.

DANIEL MARIN - autor