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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ah! Saudade.




Ah! A saudade que mata a cada instante,
Feito clava que açoita o peito sem dó,
Levando todo o sentimento degradante,
Para o desterro e o sofrimento só,

Ah! Aquela saudade enlouquecedora,
Leva-me a loucura ao devaneio total,
Nas vias improváveis e alucinadoras,
De uma realidade imaginária sem igual.

Ah! Saudade, doce sensação de sentir,
Em suas mais recônditas entranhas,
Esconde lembranças do puro devir,
Inebriado em alucinações estranhas.

Ah! Saudade, o que mais dizer,
Se as palavras não retratam o pulsar,
A verdadeira essência do querer,
Traduzida na entrelinhas do pensar.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Abismos na jornada


Há indubitavelmente abismos,
Que se sucedem um após o outro,
Na espreita, a espera de sucumbirmos,
Abismos em nossa frente,
Abismos em nosso lado,
E como no voo livre,
Do pensamento alado,
Somos desafiados continuamente,
A superá-los.

Nem sempre se alcança a vitória,
Por vias fáceis.
A luta a entrega faz parte desta história.
O caminho é permeado por percalços,
Acontecimentos e eventos inesperados,
Que podem surpreender o peregrino,
Na sua jornada.

Entretanto é de real valia,
Manter o foco, não relegar a meta,
Mesmo diante de obstáculos,
Personificados sob a forma de monstros,
Indomáveis.
E acreditar fidedignamente na sua capacidade,
De reinvenção e suplantação das dificuldades.

Desejos ocultos

Somos escravos de nossos desejos mais ocultos,
Verdadeiros zumbis, ávidos por satisfazê-los,
A espreita da oportunidade propícia e letal,
Aonde a circunstância vem ao encontro do desejo.

 E esses desejos fielmente enclausurados,
Ficam à surdina a espera, para enfim desabrocharem,
Tomando proporções, deveras avassaladoras,
Tolhendo à própria vontade de suprimi-lo.

E este turbilhão, revelador absoluto da escuridão,
 Desconhece regras ou preceitos cerceadores,
 Ignora por completo a lógica estabelecida,
E domina como uma moléstia o espírito da pessoa.

Não se pode controlar o dito incontrolável,
Qualquer afirmação neste vago sentido,
Soa como algo infundado e desprovido de significância,
Na realidade o que resta é a veleidade de cada um.