Pesquisa
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Reflexões Sobre a Vida I
Todos nasceram marcados para morrer. Isto é fato, e não há como mudar. Entretanto vivemos em um mundo invólucro de uma premissa que se apresenta como verdadeira e puramente absoluta. Que nos impele e instiga - nos a ensejar a tão sonhada “vida eterna”, ou até mesmo um considerável prolongamento da existência. Em outros termos, deduzimos que, vivemos como nunca fossemos morrer. E esta real fatalidade nos acomete de várias formas: o apego aos bens materiais, os laços familiares e afetivos. Fruto do cultivo no decorrer de toda a nossa existência, e que ficam marcados em nossa memória.
Empreendemos uma busca alucinante e desesperada, com o intuito de alcançarmos a “vida eterna”. São despendidos vultosos esforços, para abraçarmos o domínio total do conhecimento a cerca dos meandros e entranhas a que a vida está arraigada, dos seus mais gêneses segredos.
Prolongar a nossa vida ao máximo, e em plenas condições lúcidas e físicas, com o objetivo de desfrutarmos com maior satisfação a nossa existência. E é neste ponto que deparamo-nos com uma complexa dualidade. Imbuída de utopias e teorias dos mais diversos gêneros, e que durante toda a caminhada da civilização, até chegarmos a Contemporaneidade se fazem presentes no seio de nossas mentes prodigiosas, férteis, normais e fantasiosas. E esta dualidade, paradoxo que se estabelece neste ponto, extremamente determinístico e profundamente difícil de analisarmos e compreendermos. Materializa-se da abstração de: “viver feliz”.
Mas como! Vivermos felizes? Se nem ao menos temos domínio, conhecimento e certeza, de estarmos vivos, amanhã, para contemplarmos o alvorecer da aurora. O que é mais trágico, se no segundo seguinte a que escrevo estas palavras amontoadas, posso ter a certeza de lê-las novamente. Portanto é de suma importância frisar que, ao há uma certeza fria e absoluta que nos reja. A vida se apresenta como uma gama de escolhas e possibilidades, que derivam de escolhas feitas no passado e que refletirão e se materializarão no futuro, como a construção da realidade de cada um. A vida poder ser compreendida também como uma derivação das nossas escolhas, com embasadas no passado, ou em experiências passadas, mas tomadas no presente, no agora, e que constituirão o futuro. Viver implica necessariamente em uma aposta diária e porque não instantânea, de “cara ou coroa”. Viver é nutrir a esperança, no amanhã, no futuro vindouro, não relegando o presente, e refletindo sobre o advindo. É ter os “pés” no contemporâneo com os olhos no futuro, e aprendendo com o passado. O viver constitui-se em compreendermos, e refletirmos dentro da nossa própria limitação e realidade vivenciada. E se apossando da razoabilidade, podermos esboçar mentalmente um delineamento sobre a nossa existência em todas as suas etapas. Viver é poder indubitavelmente admirar e contemplar as belezas que nos circundam, atentando aos detalhes mais sublimes e sutis do cotidiano, onde reside o verdadeiro prazer e a razão de se estar vivo, respeitando o próximo e o ambiente como um todo.
A vida e a felicidade, para o ser humano andam lado a lado, uma atrelada à outra, e ambas são formadoras da gênese do ser humano. A felicidade sim é um estado de avivamento do espírito, caracterizado também como um sentimento de realização plena e satisfação interior. Mas também é um fator compositor das nossas vidas, o motor impulsor da ânsia interior que nos move rumo ao futuro. E que mesmo sem termos a real certeza de estarmos vivos daqui a instantes, nos possibilita planejarmos o futuro e querermos transformá-lo em realidade. Almejarmos alcançar a felicidade é algo de difícil compreensão e de abstração complexa. Entretanto viver, dentre outros, é percorrer este caminho que objetiva alcançar a felicidade. É a estrada da nossa existência, composta de alegrias, frustrações, enfim da gama de sentimentos, emoções e recordações que acumulamos. autor: Daniel Marin.
Margaridas e aurora
Que belas são as auroras,
Regalam-se as belas flores,
No simples nascer do sol,
Trás dos montes sem demoras.
Enchem-se de vida com a luz,
Projetam-se para o alto,
E buscam sempre um local,
Ao sol, e a alturas conduz.
Suas pétalas multicoloridas,
Arquitetadas para receptarem,
Regalam-se as belas flores,
No simples nascer do sol,
Trás dos montes sem demoras.
Enchem-se de vida com a luz,
Projetam-se para o alto,
E buscam sempre um local,
Ao sol, e a alturas conduz.
Suas pétalas multicoloridas,
Arquitetadas para receptarem,
O brilho dos primeiros raios do sol,
E desabrocharem as margaridas.
E desabrocharem as margaridas.
(Daniel Marin)
sábado, 20 de outubro de 2012
Conhecimento Humano
Grosseiramente podemos definir conhecimento como o ato de “abstrair” ideias sobre um determinado tema ou assunto. Entretanto asseverar com segurança e total objetividade o seu significado, torna-se uma tarefa árdua e difícil. Levando em conta o elevado nível de abstração exigente para chegarmos ao veredicto. O conhecimento sob hipótese alguma está limitado a nossa percepção restrita dos aspectos científicos comumente usuais, tais como: descrições, suposições, conceitos, teorias, princípios, e métodos. Contudo para abordarmos este tema claramente é imprescindível a compreensão de algumas peculiaridades, sendo elas: o dado e a informação, uma vez que são agentes formadores do conhecimento e na sua ausência fica impossível atingi-lo ou até mesmo compreendê-lo na sua essência. Dado nada mais é do que informação “pura” na sua forma bruta, e pode ser decifrável ou não, citamos como exemplo um numeral inteiro ou decimal. Informação é a decodificação dos dados e só existe porque há a comunicação. O conhecimento é então a convergência destes dois fatores dado e informação. Sendo que a sua construção se dá no momento do acesso a informação por via da comunicação, a partir desta etapa há o processamento, a assimilação e a reflexão dos conteúdos; e o seu produto final é o conhecimento.
A construção do conhecimento humano é incessante e gradativa. Obedece a uma ordem cronológica linear, e através dos tempos teve inúmeras vertentes práticas filosóficas que embasaram e fomentaram o seu desenvolvimento. O conhecimento aflorou no seio da humanidade como um riacho, brotando das mentes fecundas de nossos ancestrais, que por força da eminente necessidade de sobrevivência, valeram-se das suas habilidades psíquicas para lograrem vantagem ante os perigos de um mundo selvagem. Um fator preponderante foi o acentuado desenvolvimento da comunicação, linguagem falada inicialmente. Possibilitando que fossem passadas as experiências de um indivíduo para outro e assim agindo conjuntamente exponencializando e socializando o conhecimento humano. A sedentarização do homem, com a chamada revolução agrícola também contribuiu de maneira significativa. Pois com uma fonte de alimentos segura, não dependíamos mais com a mesma frequência da natureza, aumentando também a segurança, com a aglomeração populacional tornava-se mais difícil o ataque de animais predadores. Ocasionando um significativo aumento na interação entre as pessoas bem como maior disponibilidade de tempo para aprimorar, transmitir e prosperar as diferentes técnicas.
As entranhas e caminhos pelo qual passou o conhecimento, até chegar ao Mundo Contemporâneo são bastante complexos, e impossíveis de serem refeitos sob o ponto de vista atual. As interações do mosaico cultural, em que a humanidade sempre esteve inserida fazem com que o conhecimento não seja privilégio e nem autoria de uma única cultura ou civilização. E sim uma obra inacabada e conjunta, que conta com a participação de todos os povos e culturas da Terra. A soma da experiência acumulada pela Humanidade desde a pré-história conhecida, até a coevidade atual pode-se chamar de Conhecimento Humano. Ele é expansível, sofre mudanças e agregações a todo o momento. O conhecimento não é imutável, pois teorias e paradigmas são revistos, repensados e realinhados sob a ótica dos avanços e descobertas científicas da atualidade.
O conhecimento emana das inquietações do pensamento, do questionamento sobre nossa existência e da ânsia do saber, circunscrito na fértil mente humana. (Daniel Marin).
sábado, 13 de outubro de 2012
Pérola Negra
Aqueles seus olhos negros, assemelhavam-se a uma pérola,
Fosforescente e de cor negra, como a noite bravia e
escura,
Transmitiam uma mensagem de amores impossíveis e ternura,
Enfeitiçando o admirador e deixando a sua magia como
esmola.
Sua pela morena como a terra, macia e regada pelo
orvalho,
Era um verdadeiro devaneio, uma vertigem completa e sagaz,
Que tomava conta dos pensamentos, controlando-o mordas,
E proporcionava
sensações inigualáveis de amor e embaralho.
As suas curvas delineadas habilmente pela mãe natureza,
Provocavam emoções e admiração em cada espaço de tempo,
Em que se percebia a sua presença afável e de digna
beleza.
O seu sorriso lindo e arrebatador como uma nascente aurora,
Penetra profundamente nos corações carentes e
apaixonados,
E deixa uma nostálgica lembrança dos bons momentos de
outrora.
(Autor: Daniel Marin)
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Uma voz dentro de mim
Ouvi uma voz dentro de mim
Clamando por paciência
Então fechei os olhos
E me imaginei em um jardim
Coberto de flores
Dos mais diversos tipos
E trazendo esta realidade
Para dentro de mim
É que pude perceber a importância
Da reflexão e meditação
A que a alma deve ser submetida
Para nos livrar dos medos
Viajei neste sonho por alguns instantes
Enquanto isso a minha mente
Estava cada vez mais relaxada
Encontrando-me completamente alucinado
Vendo todas as minhas angústias e dúvidas
Irem por água abaixo
Clamando por paciência
Então fechei os olhos
E me imaginei em um jardim
Coberto de flores
Dos mais diversos tipos
E trazendo esta realidade
Para dentro de mim
É que pude perceber a importância
Da reflexão e meditação
A que a alma deve ser submetida
Para nos livrar dos medos
Viajei neste sonho por alguns instantes
Enquanto isso a minha mente
Estava cada vez mais relaxada
Encontrando-me completamente alucinado
Vendo todas as minhas angústias e dúvidas
Irem por água abaixo
(Autor: Daniel Marin)
Destino...
A morte é o destino,
O cruel destino de todos.
Finita vida que se esvaece,
Como minúsculos grãos de areia,
Entre os dedos, sem desatino.
O cruel destino de todos.
Finita vida que se esvaece,
Como minúsculos grãos de areia,
Entre os dedos, sem desatino.
(Daniel Marin)
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Aromas da Manhã
Toda a manhã tem o mesmo aroma,
O sol se levanta ao leste do continente,
E muda por completo o panorama,
Sente-se fluir a sua luz penetrante.
Raios de sol iluminam as hortênsias,
Clareiam totalmente os jardins,
A sua luz transpõe-se até os confins,
Revelando as belezas nas suas essências.
O cheiro do orvalho é inconfundível,
Na umidade da terra totalmente nua,
Chega a alucinar o olfato imprevisível.
Aromas das manhãs são especiais,
Ficam guardados na mente,
E fazem-nos recordar de momentos cruciais.
(Daniel Marin)
O sol se levanta ao leste do continente,
E muda por completo o panorama,
Sente-se fluir a sua luz penetrante.
Raios de sol iluminam as hortênsias,
Clareiam totalmente os jardins,
A sua luz transpõe-se até os confins,
Revelando as belezas nas suas essências.
O cheiro do orvalho é inconfundível,
Na umidade da terra totalmente nua,
Chega a alucinar o olfato imprevisível.
Aromas das manhãs são especiais,
Ficam guardados na mente,
E fazem-nos recordar de momentos cruciais.
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