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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Frases

"Personifico a poesia como uma fuga de mim mesmo, uma maneira de brincar comigo mesmo, de observar para além das barreiras edificadoras da fortaleza constituída de pedras rígidas e angulares que construí ao meu entorno."

"As inquietações do pensamento convergem para o conhecimento, e as inquietações da alma atingem o fugaz sentimento da emoção."

(Daniel Marin)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fruto da Casualidade




O fruto da pura casualidade,
Confirmou-se num prelúdio,
Intenso...
As palavras, as ideias fervilhavam,
Absorvendo por completo,
As reflexões que se enfileiravam.
(Daniel Marin)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Esperança na Eternidade


A vã esperança em alcançar a eternidade,
Reside na inocência da crença
Na imortalidade.

Instiga a cobiça e a luxúria,
Aflorando a face sombria da maldade.

Toma conta do pensamento,
Corroendo o caráter e a bondade.
(Daniel Marin)

Sorri pela primeira vez...

Sorri pela primeira vez,
E com os olhos fitados,
Perdi por completo a sensatez.

Nada mais sentia ao meu entorno,
Nem o vento a roçar o rosto,
E os ruídos tímidos presentes.

A percepção acurada,
Esvaiu-se por completo,
Como o sereno da madrugada.

E sorvido pela sua presença,
Perdi a noção do tempo,
E releguei a faculdade da razão.
(Daniel Marin)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Resurgir das Cinzas


Resurgiu das cinzas...
Como a fênix...
E na inspiradora aurora da manhã,
Nasceu esplendorosa.

Saboreou cada momento ínfimo,
E raio após raio de sol...
Ganhava formas vívidas,
Num ardor completo e vigoroso.

Nos seus passos tímidos,
Galgou o cume...
O cume da íngreme montanha,
Onde se alojavam os seus sonhos.

Sonhos enclausurados...
Petrificados....
Como rochas brutas,
E totalmente indissolúveis.
(Daniel Marin)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Detalhes Sutis


Os campos se abrem em flores e em proporções,
Que revelam a sua total magnitude,
As belezas que abrigam em suas extensões,
Cobrem as vastas áreas da planície de baixa altitude,

Como em um tapete colorido
Uma infinidade de tons, aromas e cores vibrantes
Aguçam ainda mais o sentido
E as sensações se renovam a todos os instantes

Pois na natureza nada é igual
Tudo muda o tempo todo de forma cíclica
Apenas temos a errônea sensação banal
De que tudo está no seu devido lugar 

E verdadeiramente somos traídos
Pela nossa própria visão
Que não percebe onde estão contidos
Os mínimos detalhes sutis
(Daniel Marin)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Libertar-se da solidão


Liberto-me da solidão, e saio à luz do dia.
Preso nas masmorras úmidas que se erguem.
Ao meu redor; tento loucamente,
Desvencilhar-me, desta cruel fantasia.

Faço destas palavras corriqueiras,
Um sutil esboço de uma melodia,
Com o intuito de me fazer entender,
Entro em conflito com a melancolia,

Que habita o meu peito,
Lembro então da doce nostalgia,
Revigorante e cheia de esplendor,
E neste momento, escrevo com alegria.

Deixo o espírito ganhar os céus,
Planar, flutuar com maestria,
E sentir a energia fluir nas entranhas,
Ganhando formas e poesia.
(Daniel Marin)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Palavras aladas

 As palavras aladas vêm e vão,
Planam no limbo da imaginação,
Como o Pégasus de Belerofonte,
Na cúpula celestial da imortalidade.

Seus termos perpetuam-se no tempo,
E era após era resistem ao intento,
Das mudanças que se sucederão,
Nas mentes das gerações advindas.

Somos impelidos a construir abrigo,
Sobre o alpendre das palavras,
E assim poder sorver-se na eternidade,
Ecoando em nossos ouvidos.
(Daniel Marin)

Um novo dia


A constância do sol em cada manhã,
Entrecortada por períodos nebulosos,
Crava nos corações a esperança no advir,
No vindouro que se aproxima prazeroso.

 O sol com a sua imensa amplitude,
É generoso nos seus raios luminosos,
Leva a luz benéfica e essencial a terra,
E livra os seres vivos de eventos perniciosos.

A vida recomeça a cada dia intrépida,
Resistindo bravamente aos rigores,
Impostos pela natureza e seus temores.

As mudanças no ambiente são instáveis,
Não se podem prever com total garantia,
Modificam-se constantemente dia após dia.
                                                                     (Daniel Marin)

sábado, 17 de novembro de 2012

Soneto - A sua presença


Assim como a exultação dos pássaros felizes,
Em cada alvorecer radiante e matinal,
Onde a aurora projeta-se na esfera astral,
Seu sorriso aflora, sarando as cicatrizes.

O deslumbre da sua presença imponente,
Atinge um espectro que transcende a lógica,
E em cada evolução sua, simples e metódica,
Deixa marcas de alegria em cada mente.

Desfrutar do aconchego do seu abraço,
Acalenta a alma elevando a autoestima,
E melodicamente me refaz cada pedaço.

 A ambígua sensação de paz e conforto,
Despertada pelo prenúncio de você,
Torna-te um seguro e forte porto.
                                                                  (Daniel Marin)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Inteligência Humana



"A inteligência humana traduza-se numa adaptação ao meio. Relacionando-se com o meio estamos sorvidos de novas e contínuas mudanças, que nos impelem a adaptarmos incessantemente, buscando novas perspectivas e o equilíbrio trivial de nossas ações racionais." - Daniel Marin.

A Súplica do seu olhar

 A súplica profunda dos seus olhos,
Denuncia a tua fraqueza interior,
Seu olhar frio e sem ternura irrompe...
As barreiras da bondade.

No âmago dos seus pensamentos,
Há um mosaico de emoções desencontradas,
Fervilhando ardorosamente,
A ponto de submergir nas angústias.

Medos e objeções,
Fazem parte deste rogo,
Um verdadeiro calvário,
A marcar ferozmente a alma.

E no vazio da solidão,
No silêncio das palavras,
Na resignação sentimental,
O espaço absoluto deste desterro.
                                                                     (Daniel Marin)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Meio Ambiente e o Homem


O ser humano está no topo da cadeia alimentar, do ecossistema da Terra. E com o único intuito de auferir vantagens individuais ou coletivas, em se tratando do “grupo” a que faz parte. Promove indiscriminadamente a poluição do Planeta em que habita. Agindo de maneira inconsequente e irresponsável, ao ponto de por em risco severamente a sua existência e a de seus predecessores.
A Terra é um planeta que possuí aproximadamente 4,6 a 5 bilhões de anos, segundo estudos. Atravessou por várias eras geológicas bem como glaciações, que puseram a prova o seu diversificado ecossistema, bem como a sua inesgotável capacidade dar prosseguimento a “vida”, nas suas distintas formas de existência. A nossa espécie o homo sapiens e seus antecessores, habitam este planeta há um período extremamente curto se compararmos ao tempo total de vida da Terra. Sendo que maior parte da nossa existência ficamos condicionados a viver como primatas, abrigando-se em cavernas e se alimentando do que a natureza nos oferecia, vivendo de forma nômade. Portanto o impacto ambiental causado por nossos ancestrais “o homem das cavernas”, era praticamente nulo para o ecossistema terrestre como um todo. E desta forma vivemos boa parte da trajetória da nossa espécie. Entretanto a exponencial evolução humana iniciada há aproximadamente 50 mil anos atrás, trouxe benefícios inimagináveis para nós atualmente, mas consequências avassaladoras para o nosso planeta ao longo do transcorrer deste período. O processo de sedentarização de nossa espécie deu-se aproximadamente entre 30 e 20 mil anos atrás, foi lento e gradativo. Apoiado em três pilares mestres que foram fundamentais e convergiram unicamente para este acontecimento. O final da última era glacial, culminando com o desgelo do hemisfério norte, o gelo ficando restrito as calotas polares e facilitando a fixação humana nessas regiões de maneira mais concisa. A organização humana em sociedades cada vez mais complexas (clãs, grupos, etc). E o desenvolvimento da agricultura que caracterizou de certa forma a independência parcial do homem em relação à natureza e possibilitou produzir o seu próprio alimento.  O próximo passo foi à urbanização, a criação dos primeiros núcleos habitacionais fixos inicialmente foram em locais extremamente férteis e preferencialmente as margens dos rios que tinham cheias regulares e ao retornarem aos seus leitos deixavam detritos (húmus) nas áreas outrora alagadas, que eram de vital importância para a fertilização do solo destinado ao plantio. Atualmente esta áreas encontram-se em total degradação, devido a agricultura totalmente extrativista que foi desenvolvida indiscriminadamente durante séculos, nestes locais. Como exemplos, podemos destacar regiões costeiras do Rio Nilo no Egito e dos Rios Tigres e Eufrates, no atual Iraque.
Trazendo estes aspectos para a atualidade podemos deduzir que não houve nenhum avanço significativo na conscientização da humanidade no sentido da preservação da natureza e o desenvolvimento de meios de produção que tenham o impacto ambiental reduzido. Uma vez que a matriz energética de muitos países continua sendo energias altamente poluentes e não renováveis como o petróleo por exemplo. A poluição desenfreada chega a números alarmantes, ás áreas degradadas aumentam a cada dia, e se mantivermos o mesmo comportamento errôneo dos nossos ancestrais que formarem os primeiros núcleos habitacionais que acreditavam ter o nosso planeta recursos naturais inesgotáveis, corremos sérios riscos de não termos futuro para a nossa espécie.
Entretanto não se deve condenar severamente os nossos ancestrais pelo panorama que nos encontramos atualmente, pois não dispunham do conhecimento que foi acumulado de geração para geração que possuímos hoje. E nem mesmo de instrumentos precisos de pesquisa que permitem apontar com segurança os dados da poluição no planeta, bem como tecnologias e conhecimento para desenvolver e aproveitar fontes de energias renováveis e não poluentes. O que realmente falta é a capacidade limitada do ser humano aprender com seus próprios erros, pois somente isso o elevará perante as demais espécies e o fará realmente um ser inteligente na amplitude do significado desta palavra proferida incessantemente por todos nós, todos os dias. (Daniel Marin).

domingo, 4 de novembro de 2012

Frases

"Nossas ações deveriam ser expressamente alinhadas, com os nossos pensamentos e ideais."

"A força que nos instiga a avançarmos vem de dentro do peito, do âmago da nossa percepção, da serenidade das nossas reflexões e da coragem empregada em nossas ações."

(Daniel Marin)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Reflexões Sobre a Vida I


Todos nasceram marcados para morrer. Isto é fato, e não há como mudar. Entretanto vivemos em um mundo invólucro de uma premissa que se apresenta como verdadeira e puramente absoluta. Que nos impele e instiga - nos a ensejar a tão sonhada “vida eterna”, ou até mesmo um considerável prolongamento da existência. Em outros termos, deduzimos que, vivemos como nunca fossemos morrer. E esta real fatalidade nos acomete de várias formas: o apego aos bens materiais, os laços familiares e afetivos. Fruto do cultivo no decorrer de toda a nossa existência, e que ficam marcados em nossa memória.
Empreendemos uma busca alucinante e desesperada, com o intuito de alcançarmos a “vida eterna”.  São despendidos vultosos esforços, para abraçarmos o domínio total do conhecimento a cerca dos meandros e entranhas a que a vida está arraigada, dos seus mais gêneses segredos.
Prolongar a nossa vida ao máximo, e em plenas condições lúcidas e físicas, com o objetivo de desfrutarmos com maior satisfação a nossa existência. E é neste ponto que deparamo-nos com uma complexa dualidade. Imbuída de utopias e teorias dos mais diversos gêneros, e que durante toda a caminhada da civilização, até chegarmos a Contemporaneidade se fazem presentes no seio de nossas mentes prodigiosas, férteis, normais e fantasiosas. E esta dualidade, paradoxo que se estabelece neste ponto, extremamente determinístico e profundamente difícil de analisarmos e compreendermos. Materializa-se da abstração de: “viver feliz”.
Mas como! Vivermos felizes? Se nem ao menos temos domínio, conhecimento e certeza, de estarmos vivos, amanhã, para contemplarmos o alvorecer da aurora. O que é mais trágico, se no segundo seguinte a que escrevo estas palavras amontoadas, posso ter a certeza de lê-las novamente. Portanto é de suma importância frisar que, ao há uma certeza fria e absoluta que nos reja. A vida se apresenta como uma gama de escolhas e possibilidades, que derivam de escolhas feitas no passado e que refletirão e se materializarão no futuro, como a construção da realidade de cada um. A vida poder ser compreendida também como uma derivação das nossas escolhas, com embasadas no passado, ou em experiências passadas, mas tomadas no presente, no agora, e que constituirão o futuro. Viver implica necessariamente em uma aposta diária e porque não instantânea, de “cara ou coroa”. Viver é nutrir a esperança, no amanhã, no futuro vindouro, não relegando o presente, e refletindo sobre o advindo.  É ter os “pés” no contemporâneo com os olhos no futuro, e aprendendo com o passado. O viver constitui-se em compreendermos, e refletirmos dentro da nossa própria limitação e realidade vivenciada. E se apossando da razoabilidade, podermos esboçar mentalmente um delineamento sobre a nossa existência em todas as suas etapas. Viver é poder indubitavelmente admirar e contemplar as belezas que nos circundam, atentando aos detalhes mais sublimes e sutis do cotidiano, onde reside o verdadeiro prazer e a razão de se estar vivo, respeitando o próximo e o ambiente como um todo.
A vida e a felicidade, para o ser humano andam lado a lado, uma atrelada à outra, e ambas são formadoras da gênese do ser humano. A felicidade sim é um estado de avivamento do espírito, caracterizado também como um sentimento de realização plena e satisfação interior.  Mas também é um fator compositor das nossas vidas, o motor impulsor da ânsia interior que nos move rumo ao futuro. E que mesmo sem termos a real certeza de estarmos vivos daqui a instantes, nos possibilita planejarmos o futuro e querermos transformá-lo em realidade. Almejarmos alcançar a felicidade é algo de difícil compreensão e de abstração complexa. Entretanto viver, dentre outros, é percorrer este caminho que objetiva alcançar a felicidade. É a estrada da nossa existência, composta de alegrias, frustrações, enfim da gama de sentimentos, emoções e recordações que acumulamos. autor: Daniel Marin.

Margaridas e aurora



Que belas são as auroras,
Regalam-se as belas flores,
No simples nascer do sol,
Trás dos montes sem demoras.

Enchem-se de vida com a luz,
Projetam-se para o alto,
E buscam sempre um local,
Ao sol, e a alturas conduz.

Suas pétalas multicoloridas,
Arquitetadas para receptarem,
O brilho dos primeiros raios do sol,
E desabrocharem as margaridas.
(Daniel Marin)

sábado, 20 de outubro de 2012

Conhecimento Humano


Grosseiramente podemos definir conhecimento como o ato de “abstrair” ideias sobre um determinado tema ou assunto. Entretanto asseverar com segurança e total objetividade o seu significado, torna-se uma tarefa árdua e difícil. Levando em conta o elevado nível de abstração exigente para chegarmos ao veredicto. O conhecimento sob hipótese alguma está limitado a nossa percepção restrita dos aspectos científicos comumente usuais, tais como: descrições, suposições, conceitos, teorias, princípios, e métodos. Contudo para abordarmos este tema claramente é imprescindível a compreensão de algumas peculiaridades, sendo elas: o dado e a informação, uma vez que são agentes formadores do conhecimento e na sua ausência fica impossível atingi-lo ou até mesmo compreendê-lo na sua essência. Dado nada mais é do que informação “pura” na sua forma bruta, e pode ser decifrável ou não, citamos como exemplo um numeral inteiro ou decimal. Informação é a decodificação dos dados e só existe porque há a comunicação. O conhecimento é então a convergência destes dois fatores dado e informação. Sendo que a sua construção se dá no momento do acesso a informação por via da comunicação, a partir desta etapa há o processamento, a assimilação e a reflexão dos conteúdos; e o seu produto final é o conhecimento.
A construção do conhecimento humano é incessante e gradativa. Obedece a uma ordem cronológica linear, e através dos tempos teve inúmeras vertentes práticas filosóficas que embasaram e fomentaram o seu desenvolvimento. O conhecimento aflorou no seio da humanidade como um riacho, brotando das mentes fecundas de nossos ancestrais, que por força da eminente necessidade de sobrevivência, valeram-se das suas habilidades psíquicas para lograrem vantagem ante os perigos de um mundo selvagem. Um fator preponderante foi o acentuado desenvolvimento da comunicação, linguagem falada inicialmente. Possibilitando que fossem passadas as experiências de um indivíduo para outro e assim agindo conjuntamente exponencializando e socializando o conhecimento humano. A sedentarização do homem, com a chamada revolução agrícola também contribuiu de maneira significativa. Pois com uma fonte de alimentos segura, não dependíamos mais com a mesma frequência da natureza, aumentando também a segurança, com a aglomeração populacional tornava-se mais difícil o ataque de animais predadores. Ocasionando um significativo aumento na interação entre as pessoas bem como maior disponibilidade de tempo para aprimorar, transmitir e prosperar as diferentes técnicas.
As entranhas e caminhos pelo qual passou o conhecimento, até chegar ao Mundo Contemporâneo são bastante complexos, e impossíveis de serem refeitos sob o ponto de vista atual. As interações do mosaico cultural, em que a humanidade sempre esteve inserida fazem com que o conhecimento não seja privilégio e nem autoria de uma única cultura ou civilização. E sim uma obra inacabada e conjunta, que conta com a participação de todos os povos e culturas da Terra. A soma da experiência acumulada pela Humanidade desde a pré-história conhecida, até a coevidade atual pode-se chamar de Conhecimento Humano. Ele é expansível, sofre mudanças e agregações a todo o momento. O conhecimento não é imutável, pois teorias e paradigmas são revistos, repensados e realinhados sob a ótica dos avanços e descobertas científicas da atualidade.
O conhecimento emana das inquietações do pensamento, do questionamento sobre nossa existência e da ânsia do saber, circunscrito na fértil mente humana. (Daniel Marin).

sábado, 13 de outubro de 2012

Pérola Negra



Aqueles seus olhos negros, assemelhavam-se a uma pérola,
Fosforescente e de cor negra, como a noite bravia e escura,
Transmitiam uma mensagem de amores impossíveis e ternura,
Enfeitiçando o admirador e deixando a sua magia como esmola.

Sua pela morena como a terra, macia e regada pelo orvalho,
Era um verdadeiro devaneio, uma vertigem completa e sagaz,
Que tomava conta dos pensamentos, controlando-o mordas,
 E proporcionava sensações inigualáveis de amor e embaralho.

As suas curvas delineadas habilmente pela mãe natureza,
Provocavam emoções e admiração em cada espaço de tempo,
Em que se percebia a sua presença afável e de digna beleza.

O seu sorriso lindo e arrebatador como uma nascente aurora,
Penetra profundamente nos corações carentes e apaixonados,
E deixa uma nostálgica lembrança dos bons momentos de outrora.
(Autor: Daniel Marin)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Uma voz dentro de mim


Ouvi uma voz dentro de mim
Clamando por paciência
Então fechei os olhos
E me imaginei em um jardim
Coberto de flores
Dos mais diversos tipos

E trazendo esta realidade
Para dentro de mim
É que pude perceber a importância
Da reflexão e meditação
A que a alma deve ser submetida
Para nos livrar dos medos

Viajei neste sonho por alguns instantes
Enquanto isso a minha mente
Estava cada vez mais relaxada
Encontrando-me completamente alucinado
Vendo todas as minhas angústias e dúvidas
Irem por água abaixo
(Autor: Daniel Marin)

Destino...


A morte é o destino,
O cruel destino de todos.
Finita vida que se esvaece,
Como minúsculos grãos de areia,
Entre os dedos, sem desatino.
(Daniel Marin)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Aromas da Manhã


Toda a manhã tem o mesmo aroma,
O sol se levanta ao leste do continente,
E muda por completo o panorama,
Sente-se fluir a sua luz penetrante.

Raios de sol iluminam as hortênsias,
Clareiam totalmente os jardins,
A sua luz transpõe-se até os confins,
Revelando as belezas nas suas essências.

O cheiro do orvalho é inconfundível,
Na umidade da terra totalmente nua,
Chega a alucinar o olfato  imprevisível.

Aromas das manhãs são especiais,
Ficam guardados na mente,
E fazem-nos recordar de momentos cruciais.
                                                                         (Daniel Marin)

sábado, 29 de setembro de 2012

O dia nascer feliz


Vou deixar a tristeza de lado,
E ver o dia nascer  feliz,
Renovar as energias no peito,
E partir para uma nova estrada.

Sentir o vento soprar na face,
Sem rumo e hora para chegar,
Vagar no horizonte longevo,
Na ânsia de me alegrar.

Trazer vida ao coração,
E renovar o fecundo espírito,
Deixar a emoção transbordar,
Evitando qualquer baque e atrito.

Permitindo a harmonia fluir,
Nas entranhas do pensamento,
Apaziguando a alma bravia,
Em um curto espaço de tempo.

E o vento a soprar mansamente,
Querendo serenar as angústias,
Fitando o sentimento em agonia,
Que desabrocha em galhardias.

O campo aberto recoberto de flor,
Abre-se ante aos olhos espertos,
E o finito, torna-se infinito,
Antes mesmo de ser descoberto.
(Daniel Marin)

Seus lindos olhos




Ao ver seus lindos olhos,
Possantes e cheios de paixão,
Sinto um arrepio nas entranhas,
Do meu pensamento.

E então uma sutil gota de lágrima,
Rola do meu, no rosto já ardente.
E mansamente escorre,
Em direção ao solo.

A emoção toma conta do meu ser,
Não consigo controlar os gestos,
O coração pulsa descompassado,
Em um ritmo frenético e acelerado.

Seu olhar tenro e sedutor,
Simplesmente encanta-me,
Estático, fico sem ação,
Somente me resta contemplar.

E saborear cada ínfimo instante,
Da sua presença inspiradora,
Como se fosse o último suspiro,
Da minha existência.
(Daniel Marin)