Pesquisa

terça-feira, 26 de março de 2013

Pense na hipocrisia do mundo.

Pense na hipocrisia do mundo. Que conduzido por indivíduos ínfimos, corrói-se lentamente sem qualquer esperança.   Vislumbramos na atualidade um cenário de completo disparato, sem perspectivas de melhorias significativas, que venham a solucionar nossos mais agonizantes problemas. 
A desigualdade social que marginaliza grande parte da população global; a violência descomedida contra o ser humano, personificada nas guerras inconsequentes conduzidas por governos ditatoriais e tiranos, cujo principal objetivo é a obcecação pela perpetuação no poder, e usufruir de seus deleites. Mas como se já não bastassem, os horrores dos confrontos armados nos campos de batalhas a dizimar vidas, também vivencia-se a “guerra” urbana, silenciosa e sorrateira, ceifa as vidas dos cidadãos, não importando-se com raça, cor ou status social. As drogas lícitas e ilícitas, aprisionadoras de vidas, nos reduzem a meros viciados e reféns de nossos devaneios. A poluição ambiental, que degrada o Planeta e o conduz vorazmente para a desertificação e o esgotamento das fontes de energia renováveis e não renováveis. Fruto da poluição desenfreada, e da ação humana descabida é a extinção das espécies, frisando que, muitas delas nem sequer chegam a serem conhecidas até mesmo aos clínicos olhos da ciência.
A falta de consciência dos nossos governantes beira ao caos, alianças políticas esdrúxulas, tomadas de decisões baseadas em interesses financeiros, com o objetivo sempre de auferir vantagens pessoais. Resumidamente falando, pensam primeiro no “eu”, em detrimento ao “nosso”, em satisfazer seu íntimo e insaciável ego. Não levaremos em conta a capacidade cognitiva e preparação para o cargo público que o indivíduo irá exercer. Pois a democracia preconiza no seu âmago que, todo o cidadão apto a votar e escolher o seu representante está teoricamente capaz de ser escolhido para exercer um cargo público.
Os problemas de ordem econômica, e social enfrentados atualmente são o fruto de nossa incompetência, e sagaz ganância. Somos incapazes de primar pelo coletivo, pensamos e agimos sempre localmente e individualmente. E estas atitudes refletem-se diretamente nas organizações público/privadas, que se desenvolveram ao longo dos tempos. Caracterizadas e marcadas profundamente pelas particularidades que compõe o caráter humano, “lapidado” e “aprimorado”, através dos séculos. A economia mundial, voraz e selvagem sustenta-se no consumismo desenfreado. Esvaece os recursos do Planeta, pondo em risco o seu futuro. E empurrando milhares de indivíduos para a pobreza e exclusão social. Fruto da extenuante competitividade no exigente, implacável e excludente mercado de trabalho. Como também do próprio sistema que vigora atualmente, e embasa-se na visão focada no “lucro”, sem preocupar-se com as pessoas, a parte viva e pulsante da economia.
O Homem vangloria-se de seus feitos, canoniza heróis, eleva-se diante das demais espécies e até mesmo diante de seu semelhante, exalta suas realizações como se fosse um Ser Supremo e invulnerável, ignora sua própria estupidez e limitações. Colocando-se sempre como o centro do Universo, nos vimos erradamente como a luz que irradia conhecimento e sabedoria aos mais longínquos e inóspitos cantos da Terra e do Cosmo. Acreditamos piamente que somos a mais importante engrenagem, do vasto e brilhante ecossistema da Terra. Quando na verdade constituímos uma parte dele, como qualquer outro ser animado ou inanimado. Temos nossa importância sim! E não podemos abnegar esta verdade. Mas qual outra espécie por mais insignificante que seja aos nossos ingênuos olhos não a tem? Todos, seres “animados” e “inanimados”, são partes formadoras do exuberante, exótico e diversificado ecossistema terrestre. O fato é que por circunstâncias evolutivas, pensamos e agimos localmente, não nos damos em conta que muitas vezes uma atitude ou ação impensada e imprudente, poderá replicar em distintos locais do Planeta, e até comprometer as futuras gerações. E por pensar localmente, caímos na nossa maior cilada, a de acreditarmos ser o centro do Universo, quando na verdade o que realmente somos é um insignificante “grão de areia” em meio a uma enorme praia. Damos tanto valor a nossos bens materiais, que ficamos arraigados a eles como se fossem objetos de valor imensurável. E a cortina de ignorância que veda nossos olhos, nos impede de vermos e sentirmos a maravilha deste Planeta, uma jóia frágil e rara perdida entre as onipotentes galáxias, que se expandem e se distanciam a cada fração de segundos. (Daniel Marin)

Esperança na eternidade


A vã esperança em alcançar a eternidade,
Reside na inocência da crença
Na imortalidade.

Instiga a cobiça e a luxúria,
Aflorando a face sombria da maldade.

Toma conta do pensamento,
Corroendo o caráter e a bondade.

domingo, 17 de março de 2013

Mensagem e você




Já sonhei acordado com você,
Antes mesmo de te conhecer melhor,
Naquelas noites negras intermináveis,
Ao intrépido romper da aurora.
Imaginava no meu íntimo ser,
Nossas almas se encontrarem num instante único,
Agora refém absoluto deste sentimento alado e confortante,
Mal posso conter-me ao te ver.
E mergulhar nessa viajem fantasiosa; linda.
Uma vez mais na sua companhia,
Andando verdadeiramente nas nuvens alvas do céu,
Movido pelo único combustível vital,
Onde você é a fonte límpida e segura,
Rumando com destino ao horizonte belo.
(Daniel Marin)

domingo, 10 de março de 2013

Lágrimas de Lua




 
As lágrimas da lua envolvem os amantes,
Que sem chances de enxugar o seu pranto,
Padecem sob a sua luz noturna.

No silêncio sombrio da noite,
Nada nos prende as ilusões mundanas,
Apenas o infinito a contemplar.

O céu dá-nos a falsa ideia do sem fim,
Nossos olhos limitados não alcançam,
Os seus longínquos confins.

A mente simplesmente fica presa a você,
Saudosa... Revive a doçura do seu toque,
O calor do seu beijo e o afago do seu abraço. 
(Daniel Marin)

domingo, 3 de março de 2013

O silêncio trás a sua lembrança



O silêncio trás a sua lembrança,
Como um mensageiro alado,
Irrompe a cortina espessa da quietude,
E aflora na minha mente.

De uma forma súbita!
Surge abruptamente sem delongas,
Deixando rastros de ternura e saudade,
Ao visitar-me.
(Daniel Marin)