Aquela Estrada

Aquela poeira espessa da estrada de chão,

Embaçava totalmente a minha visão,

As pedras de cascalho calejavam os pés,

Dificultando o trajeto, prenunciando o revés.

Os arbustos sobriamente ladeavam,

A estrada sinuosa e abarcavam,

Toda a extensão da largura,

Cambaleando numa só brandura,

E o vento frio que congelava,

Retorcia tremendamente a clava,

Feita com madeira de pureza nobre.

A cada paisagem se descobre,

Novos retratos, novas imagens,

O tempo andando sem derrapagens. 

Paixão impetuosa

 Olhar apurado como as aves de rapina,

Que das alturas do céu focalizam o alimento,

Em seus voos panorâmicos,

Olfato aguçado como cães de caça,

No rastreio das suas presas,

Acuadas e completamente amedrontadas,

E a percepção afinada ao extremo,

Para sentir o êxtase supremo,

O frenesi impetuoso da paixão.

Meus sonhos

Tenho sonhos tão bobos, mas que na realidade retratam os detalhes que constroem a felicidade. (Daniel Marin)

Uma flor no meu caminho

Uma flor no meu caminho...

...andei...andei....andei...

Solitário numa estrada, que por momentos apresentava-se sinuosa.

Em outros, plana e deleitosa.

Numa dessas minhas andanças,

Encontrei uma bela flor,

Selvagem, interessante, perfumada...

Que ante aos meus olhos fervorosos,

Apresentava-se.

Fitei o olhar naquela flor,

Senti um êxtase profundo,

E a partir daquele ínfimo momento,  

Os meus pensamentos eram para ela.

(Daniel Marin)

Sobre o Tempo

Quem sabe o tempo é apenas uma ilusão,

Um verdadeiro devaneio destruidor,

Residente em nossa mente insana,

Pensativa e profundamente,

Questionadora. - Daniel Marin.