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sábado, 29 de setembro de 2012

O dia nascer feliz


Vou deixar a tristeza de lado,
E ver o dia nascer  feliz,
Renovar as energias no peito,
E partir para uma nova estrada.

Sentir o vento soprar na face,
Sem rumo e hora para chegar,
Vagar no horizonte longevo,
Na ânsia de me alegrar.

Trazer vida ao coração,
E renovar o fecundo espírito,
Deixar a emoção transbordar,
Evitando qualquer baque e atrito.

Permitindo a harmonia fluir,
Nas entranhas do pensamento,
Apaziguando a alma bravia,
Em um curto espaço de tempo.

E o vento a soprar mansamente,
Querendo serenar as angústias,
Fitando o sentimento em agonia,
Que desabrocha em galhardias.

O campo aberto recoberto de flor,
Abre-se ante aos olhos espertos,
E o finito, torna-se infinito,
Antes mesmo de ser descoberto.
(Daniel Marin)

Seus lindos olhos




Ao ver seus lindos olhos,
Possantes e cheios de paixão,
Sinto um arrepio nas entranhas,
Do meu pensamento.

E então uma sutil gota de lágrima,
Rola do meu, no rosto já ardente.
E mansamente escorre,
Em direção ao solo.

A emoção toma conta do meu ser,
Não consigo controlar os gestos,
O coração pulsa descompassado,
Em um ritmo frenético e acelerado.

Seu olhar tenro e sedutor,
Simplesmente encanta-me,
Estático, fico sem ação,
Somente me resta contemplar.

E saborear cada ínfimo instante,
Da sua presença inspiradora,
Como se fosse o último suspiro,
Da minha existência.
(Daniel Marin)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ideias, sonhos e realizações,

Ideias, sonhos e realizações,
Três termos de difícil concatenação.
Ao olharmos para nosso horizonte,
Temos a nítida visão do futuro,
Personificado em uma nave ainda distante.
Uma morada onde habitaremos no advir.
Nossos sonhos nos visitam,
Batem a porta da razão,
E arrebatam o coração.
Sonhar é preciso,
Mantêm-nos vivos e esperançosos.
Mas sonhos isolados, de nada adiantam.
Eles necessitam de objetivos e metas,
Que tomam corpo na forma de ideias.
E servem para modelarmos as arestas,
Tornando as realizações passíveis de êxito.
(Daniel Marin)

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

As palavras nos traem


As palavras nos traem. As suas representações e significados de conotações metafóricas, podem apresentar-se de forma errônea, ao especificar algo. Objetos distintos de naturezas e fenômenos, que vão da mais insignificante simplicidade a extraordinária e intrigante complexidade. Com objeções e exacerbações provocadas pelo emprego, por vezes incorreto dos termos, que impreterivelmente obscurecem o entendimento, e a aproximação da veracidade pertinente a um determinado fato, teoria ou fenômeno. As palavras neste sentido assumem o ingrato papel, de um obstáculo ao conhecimento e o seu desenvolvimento e florescimento.
Vistas sob a óptica de obstáculos ao pensamento às palavras podem ser até consideradas vilãs, pois edificam barreiras que por vezes necessitam-se gerações, até serem superadas na sua totalidade. Uma exemplificação do exposto acima é o termo “buraco negro”, cunhado no século XX, para designar quando uma estrela super maciça fica sem combustível. Isto faz com que o seu núcleo diminua, reduzindo drasticamente. Quando ocorre este fenômeno a gravidade da estrela produzida, escapa completamente do controle. Começando a sugar absolutamente tudo o que encontra, nem a luz é capaz de “escapar”, inclusive a massa da própria estrela. A gravidade não suporta as torrentes de energia e a estrela explode (essa explosão chama-se supernova). O que resta da extinta estrela é o buraco negro, um corpo que não reflete ou emite mais nenhum tipo de luz, é um ponto onde não se pode mais voltar.  Este exemplo serve para demonstrar e elucidar que o termo “buraco negro”, certamente e objetivamente não tem referência alguma com o termo “buraco”, que conhecemos para designar uma cavidade em uma superfície maciça qualquer, ruptura, lacuna ou falta de matéria “palpável”. Entretanto por infindáveis vezes é realizado um associativismo dos termos, ligando-os de uma maneira leviana, e nos levando a uma compreensão inexata. Constituindo-se desta forma em um obstáculo, que deturpa um entendimento aproximado e válido pertinente ao fenômeno físico, elucidado neste texto.
Impreterivelmente, não se pode negar a digna relevância das palavras e suas representações. A humanidade deve muito, para não dizer a sua totalidade do seu conhecimento, a habilidade dela mesmo, expressar-se por meio de palavras.  A conotação sentimental que as palavras nos transmitem, vão muito além de sua representação fria e cubista. A emoção que se pode transmitir com palavras vão do amor ao ódio, da tristeza a ansiedade, da alegria a tristeza, da razão ao fantástico, enfim do mosaico de sentimentos e informações inerentes ao ambiente que nos circunda. Sendo pretensioso em demasia tentar, mesmo que vagamente nomear as ideias e sentimentos, representados pelas palavras e suas representações.
As palavras e o invólucro que fielmente representam, exercem um papel de verdadeiros antagonismos. Ao mesmo tempo em que é o motor de arranque do nosso desenvolvimento intelectual, constituindo-se em um formidável engenho da humanidade, acabam justamente pela sua intensa maleabilidade e insuperável capacidade de representar, conceitos, ideias, fenômenos e objetos; traindo-nos. Somos reféns de nossos próprios inventos. E ao tentarmos de uma forma altiva e racional, construir pontes que nos levem a novos horizontes, e a exponencialização intelectual e compreensiva do mundo que nos circunda. Alicerçamos involuntariamente barreiras de rocha bruta, que em um futuro não muito distante, serão obstáculos dogmáticos. (Autor: Daniel Marin)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vento Sul


O vento sul sopra sem parar,
Parece nos querer dizer algo,
O eco de uma súplica profunda,
Vinda da longeva pampa.
É uma triste sinfonia a tocar.

Rompem-se as janelas do galpão,
Rangendo desordenadamente,
E remetendo-nos a distantes recordações.
De épocas remotas,
Das guerras, escaramuças e revoluções.

As chamas do fogo de chão,
Teimosamente, continuam a queimar,
Resistem ao vento ávido a soprar.
E aquecem as paredes frias do galpão.

 Este mesmo vento carregado de lembranças,
Que de uma forma súbita nos laça,
E prende-nos forte a esta terra.
É o mensageiro da mais pura esperança.

Da liberdade e da glória,
Registradas nas douradas páginas,
Da nossa pujante história.
                                      

                                         (Autor: Daniel Marin)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Verdes Vales


Nestes vales cheios de vida, repousam nossos sonhos,
Em cada planta verdejante, enraizada no terreno,
No voo livre dos pássaros a planar no céu anil,
Nas águas límpidas e cristalinas do riacho pequeno.

As profundezas dos vales encantam o admirador,
Os seus rios rasgando os montes pedregosos,
Correm em declive e esculpem os leitos,
Dia após dia, seguem seus destinos sinuosos,

A pujança da natureza é algo real e estarrecedor,
Imbuída da incomensurável miscigenação de cores,
Que compõe a paisagem, deslumbrante e inspiradora,
Assemelha-se a uma obra artística e seus valores.

No aconchego do sereno e tranquilo ambiente,
A percepção torna-se sensivelmente acurada,
 Fazendo com que nossas imaginações aflorem,
E os sonhos confortam-se livres na sua morada.
(Daniel Marin)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sentimentos Opostos


Os descaminhos nos levam a loucura,
Provamos pouco a pouco desta doçura,
E inebriados pela sua liberdade latente,
Fugimos da sobriedade da mente.

Quão vasto é nosso imaginário,
Amplo e misterioso é o motor originário,
Das estórias fantásticas materializadas,
Em nossas pobres e humildes vidas.

A fertilidade de uma reflexão profunda,
Instiga a composição sublime e fecunda,
Ignorando a nossa arrogância imunda.

O confortante alívio da sensatez,
Nos causa sintomas de estranheza,
Então voltamos à realidade da incerteza.
(Daniel Marin)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Viajem interior


Viajei nas asas das palavras,
E sai de mim totalmente,
Meus pensamentos livres,
Vagavam pela mente.

Encontrei nas suas entranhas,
Sentimentos antigos,
Deixados de lado,
Em um canto, esquecidos.

Fui levado tenazmente,
Para mundos estranhos,
Onde a fantasia errante,
Regia toda a imaginação.

Na completa escuridão,
Pensei nos mistérios da vida.
Nos detalhes e na essência,
Das coisas que afligem o coração,

Perambulando, sozinho,
Tentei entender meu destino,
Nos intrépidos e difíceis caminhos,
Que provamos na nossa existência.

As interrogações da mente,
Dominaram o pensamento,
E nem a inesgotável vertente,
Do conhecimento, saciou,

O voraz desejo da curiosidade,
Que aumentava vertiginosamente,
Na sua devida proporcionalidade.
Consumia o meu intelecto.

Da viajem restaram lembranças,
Não somente recordações banais,
Depositadas como herança,
Também ricas e melódicas palavras.
(Autor: Daniel Marin)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O que é um país?



O que é um país, essa simples e corriqueira pergunta, me abate neste momento. Debato-me no meu interior com meus pensamentos fervilhando; com o intuito de responder primeiramente para mim mesmo esta indagação exposta na frase anterior, para somente depois poder externá-la. Etimologicamente, a palavra país provém do grego “pater”, que diz respeito a um território governado por um patriarca. E do italiano “paese”, originário do latim “pagus”, termo este referente a uma aldeia, de onde também advêm a palavra “pagão”.
De forma simplista e superficial, podemos visualizar um país como um espaço físico territorial soberano descontinuado. E nem sempre obedecendo aos limites de: cultura, língua e tradições. É importante salientar também que país é um termo designador de estado, consequentemente um estado ou província. E como prerrogativa esta submisso a leis e ordens de caráter: executivo, legislativo e judiciário da federação que ele integra. Entretanto debruçamo-nos ao complexo termo “soberania”. Mas antes disso é importante e oportuno resumirmos o conceito pouco sólido e resumido de país, que temos até o presente momento. Um país compreende um espaço territorial nem sempre contínuo, mas, contudo soberano, independentemente de questões pertinentes a aspectos culturais distintos e diversos.
Soberania, palavra derivada de soberano, que na sua essência está arraigada ao significado de poder absoluto, domínio total. Transladando esta definição para país, podemos formatar que: a soberania é o poder decisório que o Governo dispõe para dirimir sobre os destinos da nação. E ele faz valer este poder por meio de leis, personificadas primeiramente na Constituição, onde preconiza os direitos e deveres dos cidadãos membros do país bem como o poder central para com seus cidadãos. Lembrando que nem sempre a Constituição exprime o desejo da maioria do povo. Quando tratamos aqui o conceito de soberania, não nos referimos a sistemas de Governos, e nem a processos de escolhas dos membros compositores de uma Administração Pública, detemo-nos apenas aos aspectos pertinentes ao país.
Entretanto um país é muito mais do que o exposto acima, é, sobretudo o local onde vivemos e interagimos com o meio ambiente e nossos semelhantes. Aonde vimos o sol nascer e se por no horizonte distante. Um país é o nosso querido torrão, feito de pessoas das mais distintas raças e crenças, que labutam para proverem os seus sustentos e alcançarem seus objetivos de vida. Muito além do que leis frias e territórios demarcados pela conveniência política ou através de derramamento de sangue, em batalhas personificadas como épicas pelo lado “vencedor”.
O conceito de país seguramente transcende o seu objetivo inicial, e incorpora um aspecto mais humano e fraterno em suas entrelinhas. O de uma pátria pulsante, feita de João, Maria e José, de amor, dedicação, trabalho e coragem. (autor: Daniel Marin)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sol no horizonte


O Sol apontando lá no horizonte
Iluminado a terra fria e escura
Que permanecia triste sob a escuridão da noite
E esperava ansiosa pela chegada de um novo dia

E assim prosseguir com o ciclo da vida
Que havia sido interrompido abruptamente
Após o Sol adormecer lentamente
Lá atrás do monte a oeste do continente.
(Daniel Marin)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Liberdade de Expressão


 Fala-se tanto em liberdade de expressão
Muitos com toda a propriedade tem razão
Ao afirmarem acertadamente que este direito do cidadão
É imprescindível para qualquer processo de democratização

Pois uma próspera e desenvolvida nação
Deve sobretudo ter a conscientização
Que censurar a sua população
É sinônimo de ditadura e estagnação

Fomentando a ignorância e a desinformação
Pelos quatro cantos sem qualquer excitação
Portanto a liberdade de expressão
Deve ser garantida pela constituição

E nunca violada sob nenhuma condição
Pois quem ousar reprimir esta manifestação
Deverá ser objeto de severa punição
Para servir de exemplo a todo o cidadão

Entretanto para promover a libertação
Da ignorância, tirania e opressão
Passa necessariamente pela educação
De toda a população
(Daniel Marin)