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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Rastros














Os meus rastros,
Somente meus sutis rastros,
Foram deixados nas areias do tempo.
Representando cada estágio, cada passo da vida.
Em que eu andava com destino ao horizonte infinito.
Rumando para o completo desconhecido.
Aventurando-se nesta viagem que é a existência.

As marcas deixadas, no limbo do passado,
Ficam depositadas no pensamento,
Sob a forma de sensações e emoções,
Personificadas nas boas e más lembranças.
Frutos do que praticamos.

Em certa altura da nossa jornada,
Invariavelmente olha-se para trás,
E de acordo com as marcas deixadas,
Remonta na memória a nostalgia,
Aquela recordação de um passado longínquo,
E recente,
Que não volta mais.

De carta forma recordar faz parte do viver,
Feliz de quem dispõe de memórias para relembrar,
E deleitar-se nos bons momentos que viveu,
E censurar-se quando não agiu com decoro.

A vida da gente é assim,
Feita de inúmeros de intrínsecos detalhes,
Imperceptíveis à dura rotina diária.
Mas, é feita de recordações.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Nosso próprio mundo















Queria ter a intensidade das torrentes arrebatadoras do vento,
Para atingir o âmago.
Do manancial inesgotável do sentimento Humano,
E retratar este impávido e insano,
“Mundo”.

Em cada migalha minúscula da existência,
Um verdadeiro mar de sensações,
Onde cada momento é uma emoção,
Distinta.

Cada indivíduo em especial,
É detentor de uma história única,
Um Mundo em particular,
Totalmente seu.

E invólucros em seus castelos,
Edificados solidamente com barreiras abstratas,
O Ser Humano enclausura-se,
Para construir o seu próprio Mundo.

Tateando nas cercanias,
Busca interagir,
E tornar-se “parte” do meio.

sábado, 14 de setembro de 2013

Olhos Insanos



Aqueles olhos insanos que me fitavam,
Corrompiam meus pensamentos todos,
Inebriado pela sua presença instigadora,
Mal conseguia controlar os gestos tolos.

E num toque de mágica dirigi a palavra,
Sons roucos presos na atmosfera gutural,
Tentavam lhe chamar e prender a atenção,
Para meu semblante atônito e anormal.

O sangue percorrendo as artérias,
Em estado completo de ebulição,
Tencionava romper totalmente as veias,
No menor desatino e ínfima distração.

E eu imbuído neste infame corolário de emoções,
Buscava explicação para aquele frenesi interior,
Algo insano que me consumia docemente,
Deixando rastros e marcas de puro amor.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Busquei inspiração em você


Busquei em você a inspiração de viver,
Nos seus abraços o conforto sedutor,
Em que minha alma segura navegou,
Pelos mares longevos do puro amor.

Nos teus olhos a razão do meu sentir.
E uma centelha ardente queimando,
Faz-me recordar a emoção do devir,
A cada instante da sua presença.

A doce sensação de estar contigo,
Alimenta pouco a pouco o sentido,
Seus afagos são mais que o ombro amigo.

E a revigorante brisa matinal,
Traz consigo os sabores do novo dia,
Ao som brando da alentadora melodia.