Reflexões Sobre a Vida
Como sabemos se estamos vivos?
Ora! Pelo simples ato de respirar, e pulsar o coração. Ou se formos atingir um aprofundamento maior da concepção, recorrendo a aspectos puramente filosóficos. O ato de pensar nos condiciona ao verbo existir, e, nos leva a deduzir elementarmente que estamos vivos. A afamada frase de Descartes “Penso, logo existo”. São colocações que substancialmente colocam-me em profundo estado de reflexão e refutação, apesar de serem de natureza simples. Não tenho a intenção de materializar uma concepção que se apresente como verídica, ou que tenha um nexo lógico. Carrego em minha mente apenas o sentimento de ensejar e dissertar sobre a vida, uma simples colocação que se revela extremamente complexa aos olhos curiosos da humanidade. Os meandros em que a vida está apoiada e porque não dizer solidificada, se compararmos seu âmago, a sua gênese mais profunda e intocada pela nossa razoabilidade. E é neste ponto em que quero me deparar, e pavimentar meu ato reflexivo. A “gênese intocada da vida”, a sua redução mais absoluta. Intacta e não atingível pela nossa razão, uma vez que é impossibilitada uma compreensão segura e definitiva a cerca de nossa existência. Por motivos e circunstâncias simples, não podemos responder com segurança e certeza as perguntas e indagações de contornos elementares: quem somos, de onde viemos e para onde vamos. É algo completamente sublimar, promove uma gama de sensações, medos e dúvidas em nosso pensamento. Reflexões que nos acometem instantaneamente, muitas vezes sem nenhuma lógica ou veracidade. Fruto para pura e simples especulação e imaginação fértil. É inegável que na contemporaneidade, temos condições de corroborar e até incorrer de afirmar, nossas teorias a respeito das perguntas elementares descritas acima. E vislumbrar um avanço perpendicular na nossa concepção atual sobre a existência humana, e estendendo ao Universo como um todo. Mas o que obtivemos pode-se reduzir apenas a representações da realidade, o âmago a gênese não se pode tocar, sentir e nem observar, até este nosso estágio atual de desenvolvimento tecnológico da civilização.
Autor: Daniel Marin.