As manhãs cinzentas tomam de assalto o coração, Aquele frio conjugado com a neblina espessa, Arrebata os sentimentos que borbulham internamente.
E sob as intrépidas sensações, Somos impelidos a refletir, erigidos com a égide. De nossas próprias convicções.
E esta atmosfera ardente, fervilhante, Nos empurra tenazmente para o abismo, Da transcendência lúcida, Ou de uma sã loucura.
Ser senhor do próprio pensamento, Pode parecer notoriamente fácil, Uma tarefa deveras alcançável. Entretanto nem sempre se configura, Sob este prisma translúcido.
E alojados em nossas próprias prisões, Tentamos discernir o real do irreal, O extraordinário do racional, E em meio a este intrincado arcabouço, Vivemos, Embebidos em antagonismos que nos dilaceram.