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domingo, 31 de agosto de 2014

nossos detalhes

A moeda lançada ao vento,
Prenúncio de um iminente tormento?
Ou apenas o sutil desapego do avarento?

O riso espontâneo presente,
Dos lábios sutis se recente.
A expressão pura e latente!

O infinito misterioso do céu,
Traz sensação doce como o mel,
 Numa áurea sombria, um véu.

Cada palavra pronunciada,
Pavimenta o caminho, a estrada,
Das ideias presentes e regradas.

Os retalhos ínfimos nos compõem,
Pedaços estáticos dispõem,

De realidades diversas que se contrapõem.

sábado, 2 de agosto de 2014

Olhos Tristes


Com os olhos tristes fitava o horizonte,
Todo aquele sentimento impaciente,
Aturdia a vil alma completamente,
Que silenciosa jazia atrás do monte.

Morto por dentro sem nada a oferecer,
Não restava um ínfimo pedaço feliz,
Apenas ficaram profundas marcas a cicatriz,
De um espírito combalido prestes a adoecer.

A agonia aprazia todo aquele momento,
Nem se quer havia possibilidade de sentir,
O verdadeiro pulsar da vida a emergir.

Apenas o vento, como fiel testemunha,
Permanecia constante roçando a colina,
Trazendo novas emoções a cada matina.

Pessoas

A verdade sobre alguém é incerta,
E como o vento a soprar aleatoriamente,
Não se pode asseverar o conhecimento real.

O âmago de uma pessoa em absoluto.
É um rio livre a fluir pelas planícies.
E despejar suas águas caudalosas,
Num mar de emoções e sensações,
Compositoras de um sincretismo total.

domingo, 8 de junho de 2014

O tempo

O tempo age como corrosivo,
Dilacera a jovialidade presente,
Amalgamando o futuro aparente.

Há eventos independentes,
A nossa insignificante vontade.
Que nos guiam para o vindouro.

A futura realidade se apresenta,
Como algo intangível, distante,
E num piscar de olhos, já é presente.

O presente de hoje, é o passado de amanhã,
E neste verdadeiro anacronismo vão,
Somos reféns da dimensão do tempo.

Amizade

O sentimento verdadeiro,
Uma troca incessante de amor,
Nada se espera de volta,
Além, de o simples doar,
 Da companhia prazerosa,
Em momentos ímpares,
A saudade que toca o coração,
Quando se ausenta.
Assim é a amizade,
É amor, companhia e saudade.

sábado, 3 de maio de 2014

ALDRAVIAS - DIVERSAS

Nasci...
Lutei...
Aprendi...
Vivi....
Venci...
Morri...

Versos,
Espúrios.
Fluem,
Completamente,
Sentimento,
Puro.

Gaúcho,
Continentino,
Livre.
Amor,
Pela,
Querência!

Estrada,
Pedregosa,
Jornada,
Dificultosa,
Resultado,
Vitorioso.

Emoção,
Fluindo,
Sentimento,
Latente,
Criação,
Fecunda.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

MÃE


Ventre divino e abençoado,
Doce e seguro abrigo encantado,
Carinho, ternura e vida,
Amor e entrega incondicional,
Sentimento puro e real,
Onde os mais sinceros anseios,
Encontram abrigo e afago,
Nos teus abraços amorosos.

E nas simples cantigas de ninar,
Sentir o prazer tenro de amar,
Nestas simples linhas escritas,
Poder manifestar o expressar,
A bondade e o carinho.

Mãe! Palavra singela,
Termo simples de grafar,
Mas extremamente complexo,

Na refinada arte de amar.

Poesias

Cerro os olhos para voar,
Fico completamente imóvel,
Deixando a percepção falar,
É como se a alma saísse do corpo,
E vagasse sem um rumo, a deriva.
Na busca ansiosa por mundos intocados,
Realidades a descobrir,
E emoções a sentir.



As horas passam devagar,
Quando o coração,
Está a angustiar.
Lembro-me da doçura,
Das palavras que proferia,
Do carinho e da ternura,
Do seu beijo e simpatia.
Em cada palavra minha,
Há um desejo oculto por você.


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Páginas ignoradas dos livros


Nas páginas ignoradas dos livros,
Faz morada o caminho,
A estrada tortuosa da sabedoria.
Enclausurada em folhas de papel velho,
No mundo reinante da fantasia.

Palavras esparsas ao vento,
Retratam fidedignamente o tormento,
Das mentes abaladas pela magia,
Da ciência, da religião e da filosofia.

Os livros nos dão a preciosa chance,
De dialogarmos francamente sem nuances,
Com seus extraordinários autores,
Extraindo o essencial dos seus pensamentos,
Uma linha tênue entre alegrias e tormentos.

Não se pode mensurar a relevância,
Tampouco ignorar as diversas competências,
Que firmemente corroboram uma obra,
E a tornam verdadeiramente incontornável.

Incontornável também é a importância,
Das composições sublimes encontradas,
Sob a égide uniforme das argumentações engendradas. 

POETRIX

Amar...

O amar,
Inebria o pensar,
Fazendo-nos flutuar...

Jornada

Uma luz no horizonte,
Um caminho que se abre,
É a trilha a seguir!

Juntos

Eu e você!
Juntos enfim,
Duas flores no jardim.

Amargura

O impacto profundo,
Amargurou o meu peito.
Será que tenho jeito?

Querida

Meu anjo querido,
Desejo-te...
Eternamente ser seu.

A Pampa

O verde das paisagens,
Ornamenta o pensar,
Como não posso poetizar?

Livro

Páginas ricas,
Amontoados de palavras,
Sabedoria encontrada!

Rio

Doce leito a irrigar,
Vida à abundar,
Bem comum a preservar.

Solidão

O estado de espírito,
A paz que circunda,

O Eu que medita.

domingo, 13 de abril de 2014

Céus Negros


E aquelas luzes a cortarem os céus negros,
Atravessando o firmamento, até onde a vista alcança.
Deixam rastros no lábaro da lembrança.
E um verdadeiro frisson na mente.

Um espetáculo intenso e belo por natureza,
Que mexe profundamente com o ser,
Pulsando a emoção pura sem temer,
O vil desconhecido ante os olhos ávidos.

O horizonte profundo e completamente escuro,
Esconderijo sagaz de nossos medos recônditos,
Trás a tona a sensação do infinito,
E o doce medo de mergulhar no precipício.

Temos uma percepção superficial e macro cósmica,
Ignoramos a composição elementar da matéria,
Nossos olhos ignoram a veraz essência,
Mantendo oculta a verdadeira clarividência.


sexta-feira, 21 de março de 2014

Nossa Viagem

Uma lágrima cristalina escorre pela sua pele suave...
Percorrendo um caminho longo e arriscado,
O mesmo caminho que percorremos juntos,
Nesta viagem sedutora e de destino incerto,
Lado a lado, de mãos dadas caminhamos,
E a cada novo passo somos surpreendidos,
E pegos totalmente de assalto,
Por sensações saborosas de amor e amizade,
Companheiras inseparáveis de nós.
Quanta saudade de você, quando não está,
Onde o tempo longe se torna algo aterrador,
Inimigo cruel destas duas almas unidas,
Que se entrelaçam em amores e carinhos.

segunda-feira, 10 de março de 2014

As palavras



"A intensidade das palavras não pode medir o pulsar do coração, nem mesmo quantificar o sentimento, matematizando-o.  Por mais que tentemos tenazmente o fazê-lo, é praticamente impossível lograr êxito nesta vã empreitada. Mas por fim recorremos às palavras para ensejar sermos compreendidos concisamente. Elas são mensageiras, daquela força interior que ferve e mexe com os sentimentos mais profundos.  E nos regozijam com a sua capacidade de impávida beleza, em retratar o que o pensamento sonha, sente e deseja. Fazendo-o viajar para longínquos mundos, longínquos lugares, onde o corpo nem em sonho poderia alcançar e as leis físicas regentes do Universo impossibilitariam de se realizar. Quanta sutileza nos versos bem delineados das poesias, nas linhas compassadas e milimetricamente rimadas dos sonetos, nas histórias e estórias vorazes e intrigantes dos livros que habitam as bibliotecas e as cabeceiras das camas das pessoas pelo mundo todo. E a transbordante emoção propiciada por composições inspiradoras e intrigantes, que fazem parte de nossa vida cotidiana. Indelevelmente as palavras caminham lado a lado com o nosso espírito vagante, migrando de realidade para realidade e de fantasia para fantasia, num sutil piscar de olhos, em com em um extasiante dejavù; temos então a doce sensação de termos experimentado tão exitosa experiência. As palavras têm um poder avassalador, uma representatividade importante e carregam em cada ínfimo pedaço seu, uma mensagem sublimar ou escancarada, dos mais distintos sentimentos. "

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ah! Saudade.




Ah! A saudade que mata a cada instante,
Feito clava que açoita o peito sem dó,
Levando todo o sentimento degradante,
Para o desterro e o sofrimento só,

Ah! Aquela saudade enlouquecedora,
Leva-me a loucura ao devaneio total,
Nas vias improváveis e alucinadoras,
De uma realidade imaginária sem igual.

Ah! Saudade, doce sensação de sentir,
Em suas mais recônditas entranhas,
Esconde lembranças do puro devir,
Inebriado em alucinações estranhas.

Ah! Saudade, o que mais dizer,
Se as palavras não retratam o pulsar,
A verdadeira essência do querer,
Traduzida na entrelinhas do pensar.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Abismos na jornada


Há indubitavelmente abismos,
Que se sucedem um após o outro,
Na espreita, a espera de sucumbirmos,
Abismos em nossa frente,
Abismos em nosso lado,
E como no voo livre,
Do pensamento alado,
Somos desafiados continuamente,
A superá-los.

Nem sempre se alcança a vitória,
Por vias fáceis.
A luta a entrega faz parte desta história.
O caminho é permeado por percalços,
Acontecimentos e eventos inesperados,
Que podem surpreender o peregrino,
Na sua jornada.

Entretanto é de real valia,
Manter o foco, não relegar a meta,
Mesmo diante de obstáculos,
Personificados sob a forma de monstros,
Indomáveis.
E acreditar fidedignamente na sua capacidade,
De reinvenção e suplantação das dificuldades.

Desejos ocultos

Somos escravos de nossos desejos mais ocultos,
Verdadeiros zumbis, ávidos por satisfazê-los,
A espreita da oportunidade propícia e letal,
Aonde a circunstância vem ao encontro do desejo.

 E esses desejos fielmente enclausurados,
Ficam à surdina a espera, para enfim desabrocharem,
Tomando proporções, deveras avassaladoras,
Tolhendo à própria vontade de suprimi-lo.

E este turbilhão, revelador absoluto da escuridão,
 Desconhece regras ou preceitos cerceadores,
 Ignora por completo a lógica estabelecida,
E domina como uma moléstia o espírito da pessoa.

Não se pode controlar o dito incontrolável,
Qualquer afirmação neste vago sentido,
Soa como algo infundado e desprovido de significância,
Na realidade o que resta é a veleidade de cada um.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pensamentos nossos




Em cada retalho de nossa existência,
Encontra-se arraigada uma fração dos pensamentos,
Personificados pelos nossos atos,
Pensamentos estes que representam,
A vivência do eu interior.
E que mergulham nos abismos mais obscuros,
Da imaginação humana.
Nada, nada se compara ao encontrado nestas profundezas,
Onde somente a alma absorta pode atingir.
E num ato contemplativo absoluto,
Maravilhamo-nos com este impávido colosso de emoções.
Não se pode mensurar a frequência e a intensidade,
Da puríssima abstração em que nos envolvemos.
Pelo contrário, transbordam sentimentos variados,
Compositores todos eles,
Desta realidade que vivenciamos dia a dia.